No substrato das manhãs vou me propondo
Uma crítica mordaz
Ao pesar do esquecimento
Que de longe um devaneio
Se desfaz em movimento inconsciente ao acordar
Vai seguindo no café de todo dia
Abre a porta e o cinzeiro
Que espalha pelos cantos
Em pedaços tão perfeitos
O que era um papel qualquer que possa registrar o feito
Sem hora pra contar
Nos ponteiros que eu não desenhei
Em cada pulso, e nem sólido espelho
Pra saber qual é o brilho das quatro e meia